terça-feira, 18 de setembro de 2007


"Você pode até me empurrar de um penhasco que eu vou dizer: e daí? Eu adoro voar!" "Eu aprendi que não posso exigir o amor de ninguém. Posso apenas dar boas razões pra que gostem de mim, e ter paciência para que a vida faça o resto; que não importa o quanto certas coisas são importantes pra mim - tem gente que não dá a mínima e jamais conseguirei convence-las; que posso passar anos construindo uma verdade, e destrui-la em apenas alguns segundos. Eu aprendi que posso usar meu charme por apenas 15 minutos, depois disso, preciso saber do que estou falando; que eu posso fazer algo em um minuto, e ter que responder por isso o resto da vida; que por mais que você corte um pão em fatias, o pão continua tendo duas faces, e o mesmo vale para tudo que cortamos de nosso caminho. Eu aprendi que vai demorar muito para eu me transformar na pessoa que quero ser, e devo ter paciência; que eu posso ir além dos limites que eu própria me coloquei; que eu preciso escolher entre controlar meu pensamento, ou ser controlada por ele. Eu aprendi que os heróis são pessoas que fazem o que acham que devem fazer naquele momento, independentemente do medo que sentem; que perdoar exige muita prática; que há muita gente que gosta de mim, mas que não consegue expressar isso. Eu aprendi que nos momentos mais difíceis, a ajuda veio justamente daquela pessoa que eu achava que ia tentar piorar minha vida; que eu posso ficar furiosa, tenho o direito de me irritar, mas não tenho o direito de ser cruel; que jamais posso dizer a uma criança que seus sonhos são impossíveis. Será uma tragédia para o mundo se eu conseguir convence-la disso. Eu aprendi que meu melhor amigo vai me machucar de vez em quando, e eu tenho que me acostumar com isso; que não é o bastante ser perdoada pelos outros; eu preciso me perdoar primeiro; que não importa o quanto meu coração esteja sofrendo, o mundo não vai parar por causa disso. Eu aprendi que as circunstâncias de minha infância são responsáveis pelo que eu sou, mas não pelas escolhas que eu fiz quando adulta; que numa briga, eu preciso escolher de que lado estou, mesmo quando não quero me envolver; que quando duas pessoas discutem, não significa que elas se odeiam. E quando duas pessoas não discutem, não significa que elas se amam. Eu aprendi que por mais que eu queira proteger meus filhos, eles vão se machucar, e eu também serei machucada, isso faz parte da vida; que minha existência pode mudar para sempre em poucas horas, por causa de gente que nunca vi antes, que diplomas na parede não me fazem mais respeitável ou mais sábia. Eu aprendi que a palavra "amor"perde seu sentido quando usada sem critério; que as pessoas vão embora de qualquer maneira; que é difícil traçar uma linha entre ser gentil, não ferir as pessoas e saber lutar pelas coisas que eu acredito".
_______________________________________________________________________________♥

sexta-feira, 14 de setembro de 2007


Querias que te escrevesse um poema

Sobre malmequeres.

A noite arde e é tarde demais

Ofereço-te uma aria de Bach

Para que te acompanhe a pele da noite.

(Eu queria a noite como quem julga existir.

Aquela noite que esperamos infinitamente...

Sobrou-me o vácuo

De um vento incerto de quem nunca sabe se amanhece).

Existo na vírgula que separa a tua suposta virgindade

Da nossa certa sombra sobre os nenúfares do charco

Em que naufragamos ao amanhecer das coisas violentas,

Como o cristal que nos aquece a direcção do sonho.

Resfoleguemos sobre a verde erva

Que nos acaricia o ego e a sua negação;

Rebolemos enquanto a ceifa se perde na curva

E Caronte navega em nunca vistas enseadas de crédulos

Postos de chofre;


Alba Luna

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

caminhada...


Eu ando pelo mundo

E os automóveis correm para quê?

As crianças correm para onde??

Transito entre dois lados

de um lado

eu gosto de opostos

exponho meu modo,

me mostro

Eu canto para quem?


:::Esquadros-Adriana Calcanhoto:::

terça-feira, 4 de setembro de 2007


Arvírtua
As árvores se despem de um tempo passado,de onde querem um tempo sem atraso.O começo arvirtuoso de um dia incomum.É que nasce um rosto em tempo algum.Se os dias são os mesmos,tenho que correr.Não existe contratempo,em um certo momento... irei morrer.Deixarei meu gosto...Em chuvas e temporais,o mundo nos olha!Somos todos iguais.A vida passa lá fora,eu olho pela janela.Existe talvez, agora,uma porta entreaberta.Passarei por cálidos tempos,aprenderei a viver.Temos sofrimentos...para um dia amadurecer...
Alen Guimarães